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azuleazul

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The last one...

28.05.07 | Kita

 

 

Hoje dei a minha última aula. Dadas as circunstâncias, pergunto-me, lá bem no meu íntimo até que ponto poderá ter sido mesmo a última... desenha-se um futuro pouco brilhante, opaco e algo cinzento.

 

 

 

Só me resta lutar pelo azul da vida...

 

 

 

Só me resta acordar cada manhã e procurar em mim o que preciso. Resta-me sair de dentro de mim e procurar a vida lá fora.

 

 

 

Sinto a vida passar por mim e eu a perder os anos. Por vezes olho o futuro naquele meu horizonte perfeito feito de mar e pôr-do-sol e não me consigo ver. Tenho um medo escondido... tenho medo de a vida passar por mim e eu nunca ser aquele eu que desejava ser em criança. Aquele sonho... o meu eterno sonho de menina! Será demasiado tarde? Se pensar assim, será sempre tarde e o sonho só ficará na minha nuvem, pairando por cima do meu mar.

 

 

 

De olhos fechados, imagino a vida. Imagino-me. Não sei quem sou, quem vou ser. Mas sei que tenho de lutar. Desistir. A palavra que nunca entrou direito no meu dicionário. Abro-o e vejo a minha determinação, por vezes contra mim mesma, contra tudo o que sinto. Mas a favor do que sou.

 

 

 

Só me resta... viver. Ir à luta do meu azul... do meu mar de sonhos acriançados.

 

Kita, 28 de Maio de 2007, Gouveia.

Falta de mim

16.05.07 | Kita

Sinto-me presa nas entranhas da vida. A minha própria vida, que eu própria construí...

Sinto falta de respirar a liberdade que eu própria ajudei a tirar... Sentimo-nos mal quando a liberdade nos é retirada por outrém, mas ainda é pior quando sabemos que contribuimos para tal...

Sinto falta de vida.

Sinto falta de mim, dos meus sorrisos, que há já muito tempo não tenho conseguido mostrar neste sítio... Como poderei se me sinto ignorada, com espaço a mais que me tira a liberdade de ser eu?

Sinto falta da areia à beira-mar.

Sinto falta da paz que a brisa marítima me traz quando fecho os olhos e inspiro aquele ar. Quando ele me entra pelo nariz e preenche cada canto do meu ser. Aí consigo pensar, libertar-me, ser o meu eu perdido que só encontro lá e fora daqui.

Sinto falta de respirar e saber que não me vão criticar pelas palavras, pelos sentimentos. A vida aqui torna-se fechada num sem-sentido mergulhado de solidão e indiferença. Critico-me a mim própria, tantos porquês... tantas palavras que deveriam ter ficado só comigo. Seria livre?

Continuo a ser eu. Mas só quando parto. Quando posso respirar, correr e ter a minha liberdade...

Apagada... sou assim vista aos olhos de quem avalia como sou. Mas dentro de mim tenho uma luz brilhante... basta deixarem-me acendê-la.

Kita, 16 de Maio de 2007.

Be yourself

09.05.07 | Kita

"Be faithful to that which exists within yourself."

Andre Gide

Somos simplesmente o que somos. Somos quem nos foi um dia dado ser. Único. E hoje tenho vontade de ser eu, de ser livre, de voar dentro e fora de mim...

I feel free. Wanted to have wings to reach the sky...

I can almost touch it with my soul.

Lembro-me do meu mar. Lembro-me de ti, de mim. Não sei quem és. Mas lembro-me de ti... Sou o azul que parece por vezes extinguir-se dentro do meu peito de tanta preocupação, de tantas noites sem dormir.

Olho hoje as estrelas dentro de mim.

I need to be faithful to that which exists within myself. I need to be faithful to what I am.

I am.