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azuleazul

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Talvez...

28.02.06 | Kita




Apetecia-me escrever, escrever infinita e indefinidamente.
Talvez as palavras fossem bálsamo para a dor e levassem deste peito o tormento em asas de prata.

Talvez o vento possa transportar sentimentos e leve os meus a um porto bem ancorado.

Talvez cada gota de mar tenha uma história e guarde a minha no seu sal, para que eu volte a respirar... porque é nos momentos de maior solidão que a alma deixa soltar mais pedaços de coração? Gosto muito de ti... mas como posso respirar com o olhar e a alma vazios de uma certeza, de uma paz que não vem?

Talvez... alma sonhadora, brilhavas de ilusão... perdemo-nos ambas num mundo que não é o nosso...

Kita dolphin.gif, 24 Fevereiro 2006, 23h30

Num abraço de mim...

07.02.06 | Kita



Sinto a minha vida fluir, como uma tarde de pôr do sol que me entra pelo olhar... vejo-te em cada sonho meu e apanho cada raio de sol que emites. Enlaçamos o olhar e entra em nós a frescura da aurora, outrora esquecida nos braços do tempo.

Sento-me e abraço o meu corpo. O horizonte revela-se ao longe e penso no azul que tenho do mundo, agora meu. Uma gota de sol aqueceu meu coração e afastou de mim o sentimento impotente perante mim mesma.

Fecho os olhos. Ouço o silêncio que me envolve e o murmurar da minha alma que clama pela tua presença... vens, em forma de voz suave e segura, chamando-me para ti, sussuras-me num abraço quente que me arrepia a alma. Dispo-me de tudo e entrego-te um ser frágil, sedento de vida terna e cristalina...

Encontraste a minha alma... e penso nas minhas asas, no meu voo até ti que me trouxe um novo eu. Quero que voes sempre... e me deixes voar contigo nas asas do mundo. De almas entrelaçadas num suspiro de início de vida, percorreremos sempre o azul...

Num retorno ao sonho, abro os olhos da alma...

Caixinha de emoções

02.02.06 | Kita


Abro a caixinha de emoções
Brota uma gota de desilusão
Escorre um pedaço de amor
E abro-te o meu coração...


Mostro-te aquela gota gigante de dor
Aponto novamente aquela lágrima que chorei
Lembro-te que foi tudo por aquele amor
A perdição em que outrora mergulhei.


Relembro-te o nascer da minha aurora
A caminhada para o meu despertar
Abandonara a minha sombra de outrora
E, tu sabes, só para em ti mergulhar.


E mostro-te o meu sonho de eterno amor
E aponto-te como aquela pétala de mar
A tua onda de água salgada, sem sabor
Veio bater na areia para a mim me inundar.


E mostro a tua onda, espuma branca que passou
E lembro-te da areia molhada no meu areal
A palavra de mar, o pôr de sol que ficou
E a revelação: a pétala, a onda de sal, o real.


E lembro-me que o espinho também é da rosa
E que sem o mar não há ondas nem areal
Abraças-me de novo numa espuma saudosa
Fechamos a caixinha.Água doce, sem sal.