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azuleazul

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Estou aqui... sou eu

30.11.05 | Kita


Passo pela essência da alma, por vezes sentindo-me derrotada, por vezes rejubilando com o sol da manhã que me entra pela vida. Desespero, sinto-me só e perdida... mas este é, no fundo, o meu caminho, os trilhos do destino que um dia decidi para passos da minha alma. Sim, estou aqui, por vezes sentido a falta de um rumo... mas fui eu mesma, escolhi o caminho mais difícil que agora me tenta reduzir a fragmentos de alma e vida... sou a minha essência, a alma da verdade que tanto procuro.

Poderia estar mais longe, mas os passos lentos também ajudarão a crescer...

Olho as gotas de chuva que caem lá fora e batem na minha janela, abrindo-me as portas da alma. Estática, admirando as lágrimas da vida em estado puro, entro dentro de mim e procuro-me algures... espaço eterno de mim.
Kita , 29 Novembro 2005.

O teu olhar

27.11.05 | Kita

Deito-me e olho o meu horizonte... Olho os raios de sol, o céu azul que, ao som desta música lembra o cinzento. Um dia, vários... um olhar cinzento.

O teu olhar, a tua presença de corpo esguio que penetrou na minha alma e não mais a deixou.

O teu olhar que atravessou a minha estrada e encobriu o meu horizonte... sonhos. ”Não vivo, estou só a matar o tempo...”

O teu olhar que trouxe a ilusão e a verdade... encerradas naquela música e no teu poema.

Tinhas razão. O Amor verdadeiro espera. Foi por isso que deixaste a tua alma e partiste para sempre. Just lonely...

Kita , 26 Novembro 2006.

Alma perdida

15.11.05 | Kita



Não me sinto com forças para escrever, mas a minha alma suspira dentro de mim... e sinto que tenho de lhe dar asas...


Através deste pequeno espaço vou tentando... mas são umas asas feridas, cansadas de voar... cansadas de não voar mais longe onde pudessem atingir o sol da vida.


As asas da minha alma são o reflexo de mim própria... são o sufoco interior que quer gritar e não sabe o quê nem para quem... devia ser para mim mesma, para este interior de lágrimas não derramadas congeladas dentro de mim...


Esta alma que já não voa, porque lhe cortaram as asas... as mesmas asas que sempre foram livres, as mesmas asas que eu construí...


A minha alma não voa e sente-se perdida no meio do acaso, no meio de um mundo totalmente estranho...


E eu, junto com a minha alma, sinto-me muitas vezes a sofucar por dentro... sinto a dor crescer no peito e não sei para onde a canalisar... então ela vagueia por dentro de mim e enche-me de solidão. Congela as minhas lágrimas que correm no meu peito e torna-me um pedaço de gelo...


Não sei para onde ir. Estou perdida... e a minha alma continua sem poder voar... Para onde vou? Para onde vais, minha alma? Vamos... mas nunca saímos daqui...


Kita , continuando, suspirando, vagueando... algures...















Quando...

10.11.05 | Kita

Quando estamos deslocados, fora do nosso tempo...
Quando tentamos fugir à realidade dura e crua...
Quando o sol que brilha não é o nosso...

É quando os amigos parecem ir embora, ainda que inconscientemente...
É quando sabemos que não adianta fugir...
É quando temos de admitir a vida...

Quando o mundo avança e não espera por nós...
É quando o destino nos deixa escolher e não nos dá opção...

Kita , 9 Novembro 2005.

Murmúrio de mim

03.11.05 | Kita


Num simples murmúrio de vozes esquecidas, esqueci a minha essência...

Um mero murmúrio de palavras esquecidas ergue-se para me fazer lembrar de mim...

Vou-me erguendo, lentamente, do ser estático e indiferente que me absorvia...

Relembro-me no meu silêncio, que aos poucos se vai tornando em grito... e sei, porque só vence quem tem coragem. E quem sabe que é vencedor.

Kita , 21 Outubro 2005.